Histórico: A primeira agência bancária de Araxá foi instalada em 1926 pelo Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais, na antiga Rua do Comércio (hoje, rua Dr. Franklin de Castro), esquina com a Rua Almeida Campos.
Em 1928, sem sede própria, a agência passou a funcionar na Praça da Conceição, esquina com rua Almeida Campos. Nos últimos meses de 1929, finalmente, começou a construção do prédio que sediaria por quase 65 anos uma agência bancária em Araxá.
O lugar escolhido foi um terreno de 20 por 56 metros, situado na antiga Rua Boa Vista e comprado de Tomé Porfírio Álvares Machado pelo preço de 18:000$00 réis, em 11 de junho de 1929.
Havia pressa para os trabalhos como indica um requerimento enviado, pelo construtor Dr. Carlos Santos, à Prefeitura solicitando a instalação de energia elétrica nas obras do prédio. A energia elétrica era necessária para o trabalho noturno e principalmente durante a construção da laje de concreto armado do andar superior, isto em fevereiro de 1930.
O novo prédio, que apresentava em sua arquitetura os elementos neoclássicos: colunas com capitéis dispostas sobre barrado de mármore, cornijas, cimalhas e brasão fixado na porta de acesso principal, ficou pronto no final do mesmo ano, com um custo calculado em 230.000$000, de acordo com um requerimento de isenção de IPTU endereçado à Prefeitura. Segundo o banco, através da isenção solicitada, a Prefeitura estaria “premiando seus esforços em dotar esta localidade de uma ótima construção”.
Em 1931, a agência começou a funcionar em seu novo endereço, sendo este prédio o primeiro construído, especificamente, para sediar uma agência bancária em Araxá.
O imóvel abrigava no térreo as instalações bancárias e no andar superior a residência dos gerentes. Em 1975 o Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais foi encampado pelo Banco Nacional, que por sua vez foi absorvido pelo Unibanco, que desativou a antiga agência.
O prédio foi tombado em 1998 pelo decreto n.º 507 de 24 de abril de 1998. Na administração do prefeito Dr. Olavo Drummond, 1997-2000, conseguiu-se o assentimento do uso do prédio.
Em outubro de 2001, foi inaugurado o Centro de Cultura que, no térreo, abrigou, até fevereiro de 2018, um espaço destinado às exposições e no segundo piso, Biblioteca de Artes, Museu da Imagem e do Som e Setor Administrativo-Financeiro da Fundação Cultural Calmon Barreto.
Fonte: Arquivos da Fundação Cultural Calmon Barreto.